Juízes federais e do trabalho de Goiás aderiram à paralisação nacional
Os juízes federais e do trabalho de Goiás aderiram a paralisação desta quarta e quinta-feira (7 e 8/11) em favor da valorização da magistratura. Os atos fazem parte de uma série de medidas adotadas pelos magistrados para chamar a atenção para a desvalorização de suas carreiras, que sofreram perdas remuneratórias de 28,86% desde 2005, quando foi implantado o subsídio único.
O presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 18ª Região, Platon Teixeira de Azevedo Neto, garante que a adesão dos magistrados do Estado é de cerca de 80% na capital e de 60% no interior. Além de não realizarem audiência e não proferir despachos e sentenças, os juízes do trabalho não participarão da Semana Nacional da Conciliação, que começou nesta quarta-feira (7/11) em todo o País. Ele assegura, porém, que não haverá prejuízo à população, uma vez que as audiências que seriam realizadas durante a semana foram antecipadas ou marcadas para datas próximas.
De acordo com o magistrado, em flagrante desrespeito à Constituição Federal, o Poder Executivo não encaminhou ao Congresso, no ano passado, a proposta orçamentária do Poder Judiciário que assegurava o reajuste do subsídio. Neste ano, a proposta do Judiciário foi indevidamente reduzida.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Juízes da Justiça do Trabalho (Anamatra) afirmam, no entanto, que continuam abertas ao diálogo institucional, na busca de uma solução consensual para a reposição das perdas inflacionárias que corroem a remuneração dos magistrados.
As associações preparam um material, distribuido para todo o Brasil, que apresenta as principais reivindicações dos magistrados: reposição das perdas do subsídio, adicional por tempo de serviço e equiparação com as magistraturas estaduais e com o Ministério Público.
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